Antes do tratamento atempado e eficaz estar disponível nos anos 70, a dor era uma característica de vida “normal” para as pessoas com hemofilia grave. As hemorragias não tratadas resultavam em dores insuportáveis. A longo prazo, a deterioração artrítica pode conduzir a dor permanente numa articulação danificada. Algumas pessoas com hemofilia grave que tiveram necessidade de tomar analgésicos durante um longo período de tempo, podem ter desenvolvido um problema de dependência, que necessita ser reconhecido e tratado.
Dor
Com o tratamento actualmente disponível para a maioria das pessoas com hemofilia grave, a intensidade da dor sentida pelos pacientes não deve necessitar de fortes analgésicos que causem adição. Contudo, deve-se ter em atenção que a dor é sempre subjectiva e pode diferir de pessoa para pessoa. Muitas pessoas com hemofilia ainda sentem dor constante, como resultado da artrose hemofílica nas articulações, pelo que a necessidade de controlo da dor ainda não desapareceu.
Inibidores
Algumas pessoas com hemofilia grave podem desenvolver anticorpos ou “inibidores” ao tratamento com factor. O seu efeito é que quando o factor é administrado, devido a uma hemorragia, não existe resposta clínica, porque a sua actividade é imediatamente neutralizada. Geralmente o primeiro sinal de que uma pessoa tem inibidores é a de que o tratamento não parece “funcionar”.
VIH e Hepatite C
Antes do desenvolvimento da inactivação viral em meados dos anos 80, alguns homens e rapazes com hemofilia foram infectados com VIH como resultado da administração de produtos sanguíneos contaminados. Para além das pessoas com hemofilia outras pessoas com distúrbios hemorrágicos foram também infectadas com o vírus da Hepatite C.